"O Brasil deverá apresentar este ano um saldo negativo de empregos, ou seja, mais demissões que contratações. Segundo a pesquisa, intitulada "Perspectivas do Emprego 2016", o pais deve ter em 2016, o pior desempenho na criação de empregos na comparação com outros 43 países.

Já somamos quase 12 milhões de desempregados em todo o país. Estamos batendo todos os recordes do mundo com relação a vagas perdidas no mercado de trabalho. Enquanto isso o governo se prepara para elevar a carga tributária através de aumento de impostos, como a CIDE que incide sobre os combustíveis, que poderia garantir uma arrecadação extra de 5 a 10 bilhões de reais, além de alterações no imposto de renda. Mais uma vez o governo resolve tapar o buraco do rombo das contas públicas sacrificando o trabalhador, que acaba pagando a fatura duas vezes, ao invés de fazer sua lição de casa e cortar na própria carne, para estancar de vez com essa sangria da perda de empregos, ressalta Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

O Brasil deve ter, em 2016, o pior desempenho na criação de empregos na comparação com outros 43 países, de acordo com um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado nesta quinta-feira.

Segundo a pesquisa, intitulada "Perspectivas do Emprego 2016", o Brasil deve registrar este ano um saldo negativo de empregos -- ou seja, mais demissões que contratações -- de 1,6%, enquanto nos países da OCDE a previsão é de crescimento de 1,5% dos postos de trabalho.

Conforme a OCDE, apenas quatro outros países, além do Brasil, terão saldo negativo de empregos neste ano, com quedas bem menos expressivas: Finlândia (-0,1%), Japão (-0,2%), Portugal (-0,3%) e Costa Rica (-0,9%).

Em 2017, a OCDE estima uma melhora da situação no Brasil, com previsão de crescimento de 0,7% do emprego.

No estudo, a entidade ainda prevê que a taxa de desemprego no Brasil deverá atingir 11,3% neste ano contra 8,5% em 2015 e 11,6% em 2017.

Crescimento - Em junho, a entidade havia estimado, em outro estudo, que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cairá 4,3% este ano e recuará 1,7% em 2017, devido à incerteza política e revelações de corrupção que minam a confiança do setor produtivo.

As novas projeções, que constam em relatório semestral, são bem piores do que as anteriores, divulgadas em 18 de fevereiro, quando a OCDE esperava uma retração de 4% do PIB em 2016, seguida por estabilidade em 2017.