"O Brasil continua batendo recorde de desemprego mês a mês. Agora já são 9,6 milhões de trabalhadores sem carteira assinada. A tristeza está tomando conta das ruas e da população, que se sente acuada e sem perspectivas, nem mesmo de longo prazo. Desde o primeiro trimestre de 2012 não se tinha uma taxa tão elevada de pessoas sem trabalho. Na outra ponta cresceu o número de trabalhadores por conta própria em 2,8%, o que significa aumento da economia informal, onde não se gera emprego e também não se arrecada impostos, diz Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

A taxa de desemprego de 9,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2016 é a mais alta da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada no primeiro trimestre de 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O País registrou no mês um número recorde de desempregados medido pela mesma pesquisa: 9,623 milhões de pessoas.

A estimativa de pessoas desocupadas subiu 42,3% no confronto com igual trimestre (novembro, dezembro e janeiro) do ano passado. O resultado equivale a mais 2,860 milhões de pessoas na fila do desemprego.

A população ocupada no País se reduziu em 1,1% no trimestre até janeiro na comparação com o mesmo período de 2015, somando 91,650 milhões de pessoas. Na prática 1 milhão de pessoas a menos passaram a estar nessa estatística.

O emprego formal também recuou no período, quando 1,3 milhão de pessoas no País deixaram de ter carteira de trabalho assinada. A retração foi de 3,6% na comparação com o trimestre encerrado em janeiro de 2015. Em relação ao trimestre imediatamente anterior (encerrado em outubro do ano passado), o indicador se manteve estável.

A categoria de empregados no setor privado sem carteira assinada teve redução de 5,9% ante o mesmo trimestre do ano passado.