"Um grande passo já foi dado na direção dos direitos trabalhistas essa semana. O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, anunciou na última terça-feira (3), a reformulação do Conselho Nacional do Trabalho (CNT) que será o responsável pela discussão de políticas públicas relacionadas ao trabalho. O CNT terá a missão de motivar a negociação coletiva e o diálogo social para solucionar conflitos entre patrões e empregados. É chegada à hora de reduzir desigualdades entre homens e mulheres, negros e brancos no mercado de trabalho. É inadmissível termos diferenças salariais tão absurdas. Não podemos aceitar que as mulheres negras nos dias de hoje recebam, em média, 40% do que os homens brancos recebem, critica Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, anunciou na terça-feira (3) a reformulação do Conselho Nacional do Trabalho (CNT) que será responsável pela discussão de políticas públicas relacionadas ao trabalho. Segundo o ministro, a instância terá a participação de outros ministérios e de trabalhadores. O ministro explicou que o CNT atuará como instância consultiva de sua pasta, visando motivar a negociação coletiva e o diálogo social para solucionar conflitos entre patrões e empregados.

Rossetto divulgou a criação da Comissão da Igualdade de Oportunidades de Gênero e Raça e da Comissão da Verdade, que investigará crimes ocorridos durante o Estado Novo e a ditadura militar. No caso da Comissão da Igualdade de Oportunidades de Gênero e Raça, que será permanente, o objetivo é debater políticas públicas para reduzir desigualdades entre homens e mulheres, negros e brancos no mercado de trabalho. A coordenadora do Núcleo de Gênero, Rosane Silva, afirmou que a iniciativa envolverá todas as Superintendências do Trabalho e Emprego no país.

“É intolerável que as mulheres negras recebam, em média, 40% do que os homens brancos recebem. Estamos desenvolvendo trabalho para pautar permanentemente o respeito de gênero, raça e etnia no Brasil”, afirmou Rossetto. Já Comissão da Verdade vai investigar intervenções em sindicatos e prisões de sindicalistas entre 1946 e 1985. A medida segue recomendação da Comissão Nacional da Verdade que pede investigação nos abusos em períodos de ditadura .

Uma portaria que constituiu o grupo que será formado por servidores do Ministério do Trabalho Previdência que vão examinar documentos internos, registros de sindicatos e processos judiciais sobre a repressão a movimentos sindicais. A equipe terá 180 dias para produzir um relatório e oficializar o documento para ser entregue à Presidência da República.