A comodidade de usar redes sem fio em quase qualquer lugar, sem pagar por isso, esconde muitos riscos. Os criminosos digitais desenvolveram uma série de técnicas para capturar os dados que trafegam nas redes Wi-Fi. Isso requer muito cuidado do usuário, tanto na hora de acessar uma rede desconhecida, quanto na de montar uma rede nova em casa.

 

 

As ameaças multiplicam-se na mesma velocidade com que as redes proliferam em lugares públicos. Na maioria das vezes, o golpe é montar uma rede com nome idêntico à oficial de um estabelecimento conhecido, ou de um provedor de serviços.

 

Enquanto espera ser atendida pelo médico ou aguarda o voo que atrasou, a vítima aproveita o tempo vago para ver notícias ou checar a previsão do tempo. Depois de identificar a rede disponível e se conectar, ele começa a navegar na web sem desconfiar de nada, com o acesso a sites e aplicativos ocorrendo em boa velocidade. Por trás dessa aparente normalidade, no entanto, o criminoso está recolhendo senhas e dados pessoais do usuário.

 

Em geral, os criminosos preferem locais com grande fluxo de pessoas, como aeroportos, para criar redes que não exigem senha para ser acessadas - uma variante do golpe da rede falsa. O sujeito chega apressado, com urgência para mandar ou ler um e-mail e se conecta à rede aberta. Muita gente pensa que está protegida porque fica conectada por pouco tempo. "É rapidinho", dizem. Por mais rápido que seja, porém, o tempo de conexão costuma ser suficiente para o criminoso agir.

 

Para não cair nessa armadilha, o internauta deve evitar redes abertas desconhecidas e prestar atenção na hora de acessar redes de bares e restaurantes. Se desconfiar de algumas coisa, o melhor é comunicar o estabelecimento.

 

Uma opção é assinar um serviço de rede virtual privada, ou VPN. Essa tecnologia, usada geralmente por empresas, cria uma espécie de túnel protegido para a transmissão de dados do usuário dentro do grande duto de informações que trafegam pela internet. Existem diversos serviços do tipo, com assinaturas que chegam a US$ 70 por ano.

 

Na hora de montar uma rede, um aspecto fundamental é criar uma senha de acesso. Mesmo redes públicas (as de cafés e restaurantes, por exemplo) precisam ter uma senha, diz Fernando Neves, diretor da AirTight, companhia especializada em segurança para redes sem fio. Desconfie se a conexão não pedir nada para você entrar.

 

Nas redes públicas, a senha é uma forma de impedir que um internauta tenha acesso aos dados de outro, que está conectado no mesmo roteador. Com a senha habilitada, o equipamento consegue criar diferentes canais para cada pessoa que o acessa, fazendo com que as informações fiquem isoladas umas das outras. "O ideal seria ter uma senha individual, criada para cada usuário. Mas se isso não for possível, uma senha geral já ajuda", diz Neves.

 

Geralmente, os roteadores oferecem três formatos para a configuração da senha: WEP, WPA e WPA2. As três tecnologias diferem entre si pela forma como protegem as informações. Elas fazem isso por meio da criptografia, uma técnica que consiste em embaralhar os dados sob um determinado padrão. Só quem tem a senha consegue ter acesso às informações. Quanto maior o nível de encriptação, mais segura é a comunicação. Por isso, a tecnologia WPA2, que usa criptografia de 256 bits, é considerada a mais segura. (GB e JLR)

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