Está aberta a temporada de dinheiro extra nas mãos. Até o dia 30 de novembro as empresas do setor privado devem pagar a primeira parcela do 13º salário e a segunda deve estar disponível ao trabalhador até, no máximo, 20 de dezembro.

 

No setor público, muitas instituições já pagaram a primeira parte ao longo do ano e quitam o restante em dezembro. Com o 13º no bolso, a pergunta que se faz é sempre a mesma: como aproveitar melhor este suado dinheiro que cai na conta todo fim de ano?

 

Em primeiro lugar, é fundamental que o consumidor analise a sua situação orçamentária atual antes de tomar qualquer decisão, colocando todas as suas dívidas no papel. Um consumidor cujas contas fugiram do controle do orçamento mensal deve usar o 13º salário para quitar dívidas ou, pelo menos, parte destas.

 

Nesta situação, encaixam-se, por exemplo, quem não tem conseguido pagar a fatura do cartão de crédito em dia, nem o valor total, quem entra com frequência no limite do cheque especial ou quem tem conta atrasada para pagar.

 

Ao trabalhador que tem o orçamento doméstico organizado e que tem conseguido honrar suas contas em dia, porém não possui uma reserva financeira, também não é recomendado sair por aí gastando o 13º salário.

 

Somente em um último caso mesmo, numa situação absolutamente mais confortável, quando o consumidor está com as contas em dia e já fez sua reserva para as despesas no começo do ano, será possível realmente tirar o foco do próprio orçamento familiar com o dinheiro extra do 13º.

 

Logicamente, esta situação é quase um sonho para a maioria dos brasileiros, mas é importante entender que isto pode, sim, tornar-se uma realidade desde que o consumidor repense seu comportamento e adote algumas mudanças na sua relação com o dinheiro ao longo do ano.

 

Não é exagero dizer que para poupar o 13º das despesas do dia a dia no final do ano é necessário fazer um planejamento que comece ainda no início do ano, em janeiro, de preferência. É fundamental que o orçamento mensal, por exemplo, tenha uma reserva para as despesas anuais.

 

Para finalizar, é importante um alerta: há bancos que antecipam o recebimento tanto do 13º salário, quanto da restituição do Imposto de Renda e que cobram uma taxa de juros mensal que varia de 2,5% a 5%, além de outras taxas. Isso mostra que somente vale fazer essa antecipação se for para pagar dívidas que possuam taxa de juros mensais superiores aos custos para esta transição.

 

Com base em informações da Anefac (associação de executivos de finanças) para o mês de setembro, pode-se dizer que este seria o caso do rotativo do cartão de crédito (9,37% ao mês), do cheque especial (7,83% ao mês) e de financeiras (7,07% ao mês).

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