Compõem o consórcio as empresas Algar Telecom, Antel e Angola Cables. Cabo passará por Santos (SP), Fortaleza (CE) e Boca Raton, na Flórida.

Ao lado de companhias de telecomunicações, o Google instalará um cabo submarino que ligará o Brasil aos Estados Unidos para turbinar a infraestrutura necessária para as conexões de internet na América Latina.

Cabo submarino que será instalado até o fim de 2016 por Google, Algar Telecom, Antel e Angola Cables terá 10,5 mil km. (Foto: Divulgação/Google)Os planos foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo grupo de empresas que conduzem o projeto. Além do Google, são elas: Algar Telecom, do Brasil, Angola Cables, de Angola, e a estatal Antel, do Uruguai.

O cabo ligará as cidades brasileiras de Santos (SP) e Fortaleza (CE) à de Boca Raton, na Flórida (EUA). Com seis pares de fibra, o cabo terá extensão de 10,5 mil km. A expectativa do grupo é que essa instalação amplie a largura de banda dos cabos submarinos já existentes em 64 Terabits por segundo (Tbps).Todas as companhias participarão da construção e financiamento do cabo.

Segundo o governo uruguaio, controlador da Antel, o projeto deverá receber o investimento de US$ 250 milhões. Inicialmente, foi informado que esse valor seria de US$ 400 milhões. A previsão é que fique pronto no fim de 2016. "Este investimento faz parte de um esforço conjunto para construir a malha da Internet, preparando nosso país e a região para o aumento da demanda", disse o governo uruguaio em comunicado.

A execução ficará a cargo da TE Connectivity SubCom, especializada em telecomunicações submarinas. Projetando e instalando cabos submarinos em todo mundo, a companhia já implantou 490 mil km de linhas, o suficiente para 12 voltas em torno da linha do Equador.

Segundo o Google, o intuito da ligação Brasil-EUA é ampliar a estrutura necessária à conexão entre os usuários latinos, quase 300 milhões, e a sede das maiores centrais de dados acessadas no mundo.

Além de a região apresentar rápido crescimento na penetração de internet, o aumento da implantação das redes LTE (tecnologia da internet de quarta geração, o 4G) e das redes de fibra ótica podem impulsionar o aumento da demanda. Contam também conteúdo de alta qualidade de imagem (HD, 4K) e serviços baseados na nuvem (não instalados no dispositivo dos usuários e acessados pela internet).

Também parte do grupo, a Angola Cables consegue com esse projeto definitivamente desembarcar no Brasil. A empresa colombiana possuía um projeto conjunto com a estatal brasileira Telebrás. Enquanto a angolana esperava que a parceria poderia render um cabo submarino entre Brasil e Angola, a brasileira informou que o entendimento entre as duas compreendia apenas a cessão de um ponto de ancoragem na costa do Brasil. Isso ocorreu porque a prioridade da Telebrás é construir um cabo Brasi-Europa.

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