A corrupção é uma erva daninha que se espalhou por todos os cantos do nosso imenso país. A cada dia o noticiário dos principais veículos de comunicação mostra que a corrupção não acaba, mas apenas muda a forma de execução. Os seus executores são verdadeiros transformistas e mágicos na habilidade de fazer sumir o dinheiro público. Durante evento do Dia Internacional Contra a Corrupção, o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, informou que mais de 6 mil servidores foram expulsos do serviço público entre 2003 e 2016.

Nesses últimos 13 anos, 247 operações contra a corrupção foram realizadas em cima de ações que somam R$ 4 bilhões. Segundo o Ministério, 67% dos atos de corrupção investigados nessas operações ocorreram em áreas de saúde e educação. A farra da roubalheira atinge todos os níveis possíveis, desde a merenda das crianças nas escolas públicas, passando por medicamentos vencidos e mal armazenados, chegando finalmente às obras inacabadas.

"É uma vergonha nacional! Atitudes como essas, vindo de servidores públicos, aqueles que deveriam ser os guardiões da moralidade e dos bons costumes, acabam por atrapalhar o crescimento e desenvolvimento da nação. Estamos vivendo essa recessão neste momento, com boa parte da culpa fincada nesses vícios que derrubam a credibilidade do país e afasta os investimentos. Enquanto não varrermos esses vermes para muito longe de nossas fronteiras e extirparmos o câncer da corrupção, com certeza teremos PIB baixo e um país sem credibilidade perante o mundo", afirma Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União informou nesta sexta-feira (9) que 6.130 servidores foram expulsos do serviço público entre 2003 e 2016. Destes, 65% estavam envolvidos em corrupção, o que representa quase 4 mil servidores. Apenas em 2016, foram expulsos do serviço público 471 funcionários.

Em balanço apresentado durante o Dia Internacional contra a Corrupção, o ministério informou que desde 2003 foram deflagradas 247 operações de combate a corrupções. Essas operações foram realizadas em ações que somam R$ 4 bilhões.

Segundo o secretário-executivo do Ministério da Transparência, Wagner Rosário, 67% dos atos de corrupção investigados nessas operações ocorreram em áreas de saúde e educação. "São obras inacabadas, desvios em merenda escolar, medicamentos vencidos e mal amarzenados que não servem ao seu propósito", disse Rosário.

O secretário afirmou ainda grande parte das ações ocorrem em municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). "O baixo IDH é uma das consequências das ações de corrupção."

Somente em 2016, a controladoria aplicou 1.104 punições para empresas privadas por denúncias de corrupção. Dessas, 30 empresas estavam envolvidas com as denúncias da Operação Lava Jato e 3 foram declaradas inidôneas e não poderão fazer contratos com o setor público. São elas: Mendes Júnior, Skanska e Iesa.

De acordo com o ministério, de janeiro a junho de 2016 as ações da controladoria geraram R$ 952 milhões aos cofres públicos. Desde 2012, as ações economizaram R$ 15,9 bilhões aos cofres públicos. Só em 2015, a economia foi de R$ 2,4 bilhões.

 

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