Para tentar amenizar a crise em cima das empresas e promover uma recuperação no nível de empregos no país, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), anunciou um conjunto de medidas que visam estimular o crédito, com o aumento do limite de faturamento para enquadramento das micro, pequenas e médias empresas brasileiras, que passará de R$ 90 milhões para R$ 300 milhões.

O foco principal dessas medidas é a estimulação para que mais empresas busquem e tenham acesso às linhas de crédito. A expectativa é de que 1,5 mil empresas a mais tenham acesso às operações de crédito em 2017. As micro e pequenas empresas são as que mais geram empregos no Brasil.

"Sem dúvida são boas noticias que os ventos da prosperidade trazem para se juntar aos pequenos negócios que respondem por mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Juntas, as cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas no País representam 27% do PIB, um resultado que vem crescendo nos últimos anos. Portanto é preciso mais iniciativas como essa do BNDES, para sairmos dessa recessão que tem provocado prejuízos imensuráveis a nação", diz Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou na manhã desta terça-feira (13) uma série de medidas para estimular o crédito às micro e pequenas empresas brasileiras. Entre as medidas está o aumento do limite de faturamento para enquadramento das micro, pequenas e médias empresas, que passará de R$ 90 milhões para R$ 300 milhões.

As medidas têm como foco estimular que mais empresas tenham acesso às linhas de crédito. "O nosso objetivo é simplificar", destacou Ricardo Ramos, diretor de exportação e operações indiretas do BNDES.

De acordo com Ricardo, a expectativa é de que 1,5 mil empresas a mais tenham acesso às operações de crédito em 2017. A expectativa é de um aumento projetado de 20% nos desembolsos para o segmento, um acréscimo de R$ 5,4 milhões em um ano, caso as condições da economia sigam as mesmas.

"A nossa intenção é fazer que o nosso produto chegue a mais empresas. As micro e pequenas empresas são as que mais geram empregos. Apoiando esse grupo estamos ajudando a sustentar esses empregos", destacou o diretor.

O objetivo é reduzir o tempo. O BNDES pretende reduzir o processo de análise e concessão de crédito de 30 dias para dois dias ao longo de um ano. Também para estimular a economia, o limite de crédito do Cartão BNDES dobrará para R$ 2 milhões e terá uma versão Agro e será estendido a pessoas físicas, no caso, os produtores rurais.

 

Linha para produtores rurais

O orçamento do programa Moderfrota, para a modernização de máquinas agrícolas, ganhará reforço de R$ 2 bilhões. A linha do programa é voltada para produtores rurais com renda anual de atividades agropecuárias de até R$ 90 milhões. O BNDES prevê ainda outras facilidades para a aquisição de máquinas e equipamentos. Os financiamentos contratados pelo BNDES Finame terão prazo de pagamento que aumentará de 5 para 10 anos.

Um portal de internet que deve ser lançado no primeiro semestre de 2017 para dar mais visibilidade às linhas de crédito.

"A micro e pequena empresa não tem visibilidade das oportunidades que o BNDES oferece. Por isso estamos com o portal onde o empreendedor vai colocar as suas necessidades e lá ele verá os produtos que existem para a sua necessidade," explicou Ricardo Ramos.

Para fortalecer o fluxo de caixa das empresas, o banco oferecer ao Programa BNDES de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda (BNDES Progeren), também na modalidade direta - já é oferecido na modalidade indireta - sem o intermédio de agentes financeiros. A expectativa é que o programa ofereça R$ 800 milhões só em dezembro. Como o objetivo de estimular a produção, as pequenas e médias empresas terão acesso às linhas de crédito para capital de giro com as mesmas condições das empresas grandes: quem tem orçamento anual de até R$ 70 milhões e pagamento de até cinco anos.

"Em 2016, 87% das operações aprovadas do programa foram para médias e pequenas empresas", contou Ramos.

 

Refinanciamento

Também para ampliar o acesso ao crédito, o Fundo Garantidor para Investimentos, que oferece cobertura de até 80% do valor financiado. Para pequenas e médias empresas, a cobertura máxima do valor financiado foi elevada de 50% para 70% e foi permitida a possibilidade de garantia nos financiamentos de capital de giro.

Para estimular a economia, o BNDES vai ampliar, em fevereiro de 2017, as opções de refinanciamento dos saldos vencidos das operações contratadas com o banco.

"Negociar refinanciamento é quase uma coisa primeira por causa da demanda gerada pelo que o país vem passando", destacou Ramos.

O BNDES nega que o estímulo ao crédito das micro, pequenas e médias empresas seja causado pela crise no país. Os representantes da instituição afirmam que apenas às linhas de refinanciamento sejam voltadas para uma eventual conseqüência dos problemas econômicos pelos quais o país vem passando.

"A nossa intenção é fazer que o nosso produto chegue a mais empresas. As micro e pequenas empresas são as que mais geram empregos. Apoiando esse grupo estamos ajudando a sustentar esses empregos", concluiu Ricardo Ramos.

 

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