Vai ser uma tremenda queda de braço entre o governo e as operadoras de cartão de crédito. O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já deu prazo até janeiro de 2017. Se as taxas para os consumidores não caírem, o Conselho Monetário Nacional (CMN) vai intervir e passará a exigir que as operadoras repassem os recursos para os lojistas num prazo menor que os atuais 30 dias, ajudando a diminuir o preço para o consumidor. A média dos juros cobrados pelos bancos aos clientes que caem no rotativo do cartão de crédito é de somente 475,8% ao ano, uma verdadeira aberração.

"No Brasil as coisas só começam a acontecer quando o governo resolve agir com firmeza e determinação. Num momento em que o país precisa de taxas de juros baixas para incentivar o consumo, fazer girar a economia e gerar empregos, empresas de cartão de crédito andam na contramão e cobram juros exorbitantes em cima do consumidor. São as ervas daninhas do empresariado, sempre na busca por mais lucro. É preciso haver punição, pois do contrário não haverá crescimento econômico. Para todos os companheiros e companheiras e suas famílias, um feliz Natal e um próspero Ano Novo", deseja Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deu um mês de prazo para que as empresas de cartão de crédito baixem os juros. Se as taxas para os consumidores não caírem, o Conselho Monetário Nacional (CMN) passará a exigir que as operadoras repassem os recursos para os lojistas num prazo menor que os atuais 30 dias. Assim, o preço para o consumidor pode baixar.

— Se os bancos não começarem a baixar os juros, o CMN toma essa decisão em janeiro. A linha é diminuição do prazo de pagamento ou a queda de juros voluntária no sistema. O Conselho Monetário tem um instrumento muito forte aqui, que é o prazo — falou o ministro, que completou:

— Vamos observar essa queda de juros. Se não houver a queda, vamos mexer no prazo. Durante a tradicional entrevista coletiva de fim de ano, o ministro da Fazenda foi questionado sobre uma possibilidade de retaliação das operadoras de cartão de crédito, que teriam ameaçado a aumentar os juros se o governo partisse para a ofensiva. Ele disse que não espera isso.

— Acho pouco provável que o Sistema Financeiro Nacional vai usar qualquer retaliação conta o Conselho Monetário Nacional, a Fazenda ou o Banco Central.

 

De acordo com os dados do Banco Central, a média das taxas cobradas pelos bancos aos clientes que caem no rotativo do cartão de crédito está em nada menos que 475,8% ao ano. Nos últimos 12 meses, houve uma alta de 70 pontos percentuais.

 

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