Não era para menos! As relações políticas com a corrupção têm produzido efeitos negativos na economia do país. Pelo menos é o que diz o Indicador de Confiança do Consumidor (ICC). Essa relação íntima entre política e corrupção acaba causando efeitos na hora do cidadão gastar seu rico dinheirinho, pois as pessoas estão receosas com relação ao futuro da economia. Diante de tantos escândalos envolvendo políticos de vários partidos, o cidadão se sente inseguro com o amanhã e sendo assim coloca um freio no consumo.

Se não bastasse o desemprego alto, agora temos a corrupção como elemento de degradação da economia. É muito dinheiro desviado dos cofres públicos e que poderia estar ajudando na recuperação do país, com investimentos em infraestrutura de portos, aeroportos e estradas ou, até mesmo, para acabar de construir a Hidrelétrica de Belo Monte, uma das investigadas na operação Lava Jato por conta de propinas a políticos e que vem escandalizando a nação.

"Só nos resta lamentar, que um país de tantas fontes de riqueza tenha que se submeter a uma barbárie como essa. Somos mais de 200 milhões de brasileiros preocupados com o rumo da economia. Já passamos de 12 milhões de desempregados em todo o país. Se não tivermos cuidado, corremos o risco da corrupção engolir a economia e destruir o pouco que nos resta", avisa Canindé Pegado.

Nesta sexta-feira (17) foi divulgado o Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) que registrou apenas 41,9 pontos no mês de janeiro de 2017. A baixa pontuação se deve à insegurança com relação à corrupção na política brasileira. Consumidor não tem boas expectativas para a economia nacional.

O medidor realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) varia numa escala de zero a 100, sendo que valores abaixo dos 50 pontos apontam para um consumidor pessimista.

 

Hoje

As entidades também são responsáveis por apurar a percepção do consumidor sobre o cenário atual, e se 41,9 pontos é ruim, esse subindicador registrou apenas 29,6 pontos, ou seja, bem abaixo do valor considerado neutro na escala.

O presidente da CNDL, Honório Pinheiro, explica que é importante medir a confiança dos consumidores brasileiros, uma vez que desta forma é possível identificar a propensão para o consumo e o investimento no setor do varejo.

 

Divergência

Em relação à economia nacional e não a própria vida financeira, o brasileiro está ainda mais pessimista. A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, afirma que a pontuação obtida foi de apenas 18,1 pontos. E o principal motivo para a descrença são os rumos que a política nacional tem tomado. Praticamente metade – 48% - dos entrevistados citou a corrupção como responsável da situação.

 

Razões

O que mais tem interferido – negativamente – na vida do brasileiro é o custo de vida, citado por 59% dos entrevistados. E é no supermercado que o brasileiro mais sente a autoestima mais baixa, uma vez que 62% das pessoas que tem essa percepção citaram as compras de mercado.

Vale ressaltar que as entidades entendem “custo de vida” como sinônimo de manter o padrão de consumo.

Outro motivo citado pela baixa confiança na hora de gastar é o cenário de desemprego, que foi mencionado por 19% dos entrevistados.

 

Perspectivas

Sobre o futuro - pelo menos aparentemente - o brasileiro se mostra confiante diante da própria vida financeira. O subindicador somou 63,2 pontos.

Já em relação à economia nacional, os números não ultrapassaram aquela linha neutra, uma vez que o registro da expectativa do brasileiro com a macro economia apontou apenas 45,1 pontos.

Percentualmente, 36% dos entrevistados se mostraram pessimistas, e novamente a dúvida com o sistema político se mostra como a principal causa da desconfiança.

O grupo dos otimistas soma 22%, enquanto os que não se consideram nenhum dos dois representam 38%.

Uma das coisas que mais surpreendeu os pesquisadores foi que metade dos brasileiros que sentem otimistas, não sabe dizer por quê estão assim, apenas acreditam que coisas boas vão acontecer.

Em relação à própria vida financeira o consumidor está mais otimista, 559% disseram esperar boas coisas para os próximos meses.

 

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