PIB ou Pibinho, cada um chama do jeito que lhe convém. Mas, para boa parte dos economistas brasileiros, PIB é a sigla para Produto Interno Bruto, e representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um determinado período. E foi esse mesmo PIB que fechou o ano de 2016 com retração de 3,6%, na pior recessão vivida pelo Brasil em sua história.

É difícil de entender como pode um país com dimensões continentais e cheio de riquezas, suportar dois anos seguidos de retração em sua economia. Em 2015 tivemos uma retração de 3,8% que emendou com 3,6% de 2016. Um resultado parecido do PIB foi visto no Brasil apenas nos anos de 1930 e 1931quando os recuos foram de 2,1% e 3,3%, respectivamente.

Mas, apesar do ministro da fazenda continuar dizendo que a recessão já passou e que até o final do ano teremos um PIB positivo, alguns analistas de mercado discordam por achar um pouco precipitadas as declarações do ministro. Que chegamos ao fundo do poço, isso é uma grande verdade. Agora, muito lentamente a economia vai começar a dar os primeiros passos rumo à recuperação econômica. Temos vários problemas para resolver antes do retorno do crescimento econômico. Entre eles estão inflação, taxas de juros e desemprego em massa, além das questões políticas.

"Grande parte desta crise que vivemos tem suas raízes fundamentadas em escândalos políticos que vieram à tona nos últimos tempos. A roubalheira institucionalizada tomou conta de todos os cantos do Brasil, levando os políticos ao desconforto de ser investigados e travando os investimentos na economia. Hoje em dia nenhum empresário de bom senso irá se arriscar a investir diante de tamanha insegurança institucional. É mais fácil e mais saudável investir o dinheiro no mercado financeiro e não na produção.

"Sendo assim, nenhuma economia no mundo cresce se não houver consumo. E é exatamente isso que estamos precisando. Sem o consumo não existe fábricas, comércio e serviços. Diante desse quadro, a economia trava e sobe o número de desempregados. Já temos 13 milhões de desempregados, que deixaram de consumir, ou, estão consumindo o mínimo. Isso, sem falar que a renda das famílias despencou nos últimos anos, em função da crise que estamos vivendo. É comum, saber que em cada família brasileira existe sempre um desempregado. Vizinhos e amigos, nem se fala. Então, precisamos fazer a lição de casa o mais urgente possível e acabar com a corrupção, que está corroendo a empregabilidade no país", Ressalta Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

Dados apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (7) sinalizam que o Produto Interno Bruto (PIB) fechou 2016 em retração de 3,6% na comparação com o ano anterior. A segunda queda consecutiva a economia brasileira – em 2015 a queda foi de 3,8% –confirma pior recessão econômica vivida pelo País.

Resultado similar do PIB foi visto no Brasil apenas nos anos de 1930 e 1931quando os recuos foram de 2,1% e 3,3%, respectivamente. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou durante a Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social na manhã desta terça-feira (6), em Brasília, que o novo resultado negativo é reflexo “de uma série de políticas que levaram a economia a enfrentar a maior crise da sua história”.

No último trimestre de 2016, o PIB recuou 0,9% em relação ao trimestre anterior e teve queda de 2,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Dando continuidade a postura de que o Brasil está saindo da recessão econômica, Meirelles afirmou que ao se comparar os resultados de endividamento das empresas e das famílias no começo de 2016 e no final, é possível evidenciar essa tendência de recuperação. “Um dado importante é do endividamento das empresas. Esse indicador teve um pico no começo de 2016, porém em um ano, caiu de forma sistemática e isso é uma pré-condição para o País crescer”, disse.

 

Retomada

Meirelles ressaltou que o mesmo ocorreu com o endividamento das famílias. “Isso representa que as empresas e as famílias já pagaram percentual importante de suas dívidas. O fato é que estamos passando pelo segundo processo, que é o processo de voltar à tomada de empréstimos aumentando o consumo e voltando a crescer”, enfatizou o ministro.

Ainda segundo Meirelles, o País passou por situações não usuais, ao explicar que mesmo com a grande ociosidade de mão de obra apresentou inflação e juros acima da média. “O mais comum é que quando há grande ociosidade no mercado de trabalho é trabalhar com um cenário de inflação muito baixa, quase em situação de deflação”, explicou ele.

A projeção para o Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) para este ano, segundo o governo, é de crescimento de 1%. O mercado estima um resultado positivo, porém bem tímido de 0,49%.

 

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