Vamos todos para as ruas exigir nossos direitos! Vamos dizer não e balançar os alicerces do Planalto! Unam-se a nós nesse grande dia de manifestação e repúdio às reformas do governo!

Os brasileiros, indistintamente, estão sofrendo com ameaças que permeiam o horizonte de seus direitos. Sem respeitar as conquistas dos trabalhadores, o governo federal tem feito esforços excessivos na direção de acabar de uma vez para sempre os direitos trabalhistas conquistados com muito suor e também com o sonho da aposentadoria dos trabalhadores.

Para combater essas maldades e defender a categoria o SINCAB tem acompanhado e participado efetivamente, junto com as centrais sindicais, de eventos que visam fiscalizar as manobras governamentais para aprovar as reformas trabalhista e previdenciária no Congresso Nacional - conforme o texto elaborado pelo governo. É uma missão árdua e requer muita luta e habilidade. A cada dia que passa cobramos dos parlamentares uma posição na defesa dos interesses dos trabalhadores. Estamos sempre atentos ao desenrolar dos fatos e não ficaremos tranqüilos enquanto não assegurarmos as nossas conquistas.

"O povo já está cansado de falsas promessas e ser iludido por manobras escusas do governo federal que só visam acabar com direitos trabalhistas e previdenciários. O governo tem se mostrado um trator - ignorando e passando por cima dos anseios da população - aprovando reformas que só beneficia o lado dos empresários e retira direitos dos trabalhadores. Sendo assim, para evitar o desmonte da previdência e a retirada dos direitos trabalhistas, é que vamos transformar este 1º de maio, num dia para mobilizar e esclarecer os trabalhadores sobre a necessidade de resistir e lutar contra o desmonte da legislação trabalhista e a retirada de direitos dos trabalhadores que está sendo articulada pelo Congresso Nacional e o Governo”, diz Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

 

História do Dia do Trabalho

A célebre história do Dia do Trabalho teve seu início em 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores.

Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas.

Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Internacional dos Trabalhadores, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano.

 

A data no Brasil

Todos os anos trabalhadores de várias nacionalidades comemoram o dia 1º de maio com manifestações acaloradas ao redor do mundo. No Brasil e em vários países é um feriado nacional, dedicado a festas, manifestações, passeatas, exposições e eventos reivindicatórios e de conscientização.

No Brasil a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em 26 de setembro de 1924 que esta data tornou-se oficial, após a criação do decreto nº 4.859 do então presidente Arthur da Silva Bernardes. Neste decreto, Arthur Bernardes estabeleceu a data como feriado nacional, que deveria ser destinado à comemoração dos mártires do trabalho e confraternização das classes operárias.

Porém, nas décadas de 1930 e 1940, o presidente Getúlio Vargas passou a utilizar a data para divulgar a criação de leis e benefícios trabalhistas. O caráter de protesto da data foi deixado de lado, passando assumir um viés comemorativo. Vargas passou a chamar a data de "Dia do Trabalhador".

Entre 1º de maio de 1940 e a mesma data de 1941, os brasileiros passaram a contar com grandes conquistas, instituídas pelo governo Vargas, como a criação do salário mínimo, que deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer). Assim como a criação em 1941, da Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores.