Foi com um tremendo buzinaço e um barulho estarrecedor, que um grupo de mais de 700 motoqueiros do Sindicato dos Motoboys de São Paulo (SINDIMOTOSP), chegaram nesta sexta-feira (28), por volta das 16horas, à sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), no bairro da Bela Vista, região central da cidade, para se unir a UGT e o SINCAB, numa manifestação contra as reformas da Previdência e Trabalhista que o governo federal está querendo empurrar goela abaixo do trabalhador. Reformas em andamento no Congresso Nacional que tem como finalidade básica retirar direitos trabalhistas adquiridos e acabar de vez com a aposentadoria da classe trabalhadora.

Se aprovada, a PEC 287/2016 da Previdência fará com que as pessoas comecem a trabalhar aos 16 anos e contribuam ao INSS pelos 49 anos seguintes, sem nenhuma interrupção, para poderem receber a aposentadoria na integralidade aos 65 anos de idade. A PEC propõe também igualar a idade para aposentadoria para homens e mulheres, trabalhadores do campo e da cidade, em 65 anos.

Durante a manifestação, o presidente do SINCAB e secretário geral da UGT, Canindé Pegado, disse ser contra as reformas que o governo, o congresso e o judiciário estão implementando. "Reformas essas que prejudicam o mundo do trabalho, prejudica a classe trabalhadora. Ninguém vai sair ganhando com essas reformas e a UGT tem a responsabilidade social em chamar a atenção e mobilizar os trabalhadores para o que está acontecendo no cenário nacional", disse Pegado.

 

Vamos acelerar contra as reformas

Ao fim da manifestação e contra as reformas, os mais de 700 motoqueiros ouviram Canindé Pegado convocar os motoboys a "arrepiar" do jeito que só eles sabem fazer. "Vamos acelerar, levantar, estourar e sair cantando pneus", convocou Pegado.

Ouça a íntegra do discurso.