A arrecadação de impostos federais tem surpreendido os brasileiros a cada mês que se passa. Esse ano já atingiu 1,2 trilhões de reais em impostos com 20 dias antes que no ano passado, quando a marca só foi possível em 10 de agosto. Essa arrecadação chega junto com o anúncio do governo em aumentar a alíquota do PIS e da Cofins incidentes sobre os combustíveis. É arrecadação em dose dupla!

O Brasil tornou-se um campeão em arrecadação tributária. Assim como também em gastos públicos. As contas do governo nunca fecham e acaba sempre para o povo cobrir o saldo devedor. Estamos ainda muito longe de sair dessa crise econômica que se instalou e afundou nossa economia. Se não fosse suficiente, entramos de cabeça numa outra crise mais perversa que é a crise política recheada pelos escândalos de corrupção.

"A população já não suporta mais ver tamanha carga tributária sendo desviada para sustentar uma máquina pública cheia de vícios e dominada por uma classe política podre, que domina boa parte dos poderes da república. É dinheiro do povo que sustenta mordomias e financia os redutos da corrupção", ressalta Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) atingiu a marca de R$ 1,2 trilhão nesta sexta-feira (21/07), às 10h30. O registro será feito 20 dias antes do que no ano passado, que ocorreu em 10/08/2016, indicando elevação da carga tributária de um ano para outro.

O montante corresponde ao total de impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros desde o primeiro dia do ano. Chega na esteira da divulgação (pela Receita Federal) de crescimento da arrecadação federal no primeiro semestre e também em meio ao anúncio do governo sobre o aumento da alíquota do PIS e da Cofins incidentes sobre os combustíveis.

“O governo tem que repensar as medidas em razão do aumento arrecadatório (quando olhamos para 2016) e dos sinais de retomada da economia. Assim, agora é um momento totalmente inoportuno para pensar em elevar tributos. O governo precisa fazer um controle eficiente dos gastos públicos e pensar em primeiro lugar na superação da população frente aos problemas financeiros trazidos pela recessão”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Numa análise microeconômica, ele alerta que a elevação de preço dos combustíveis desencadeia o encarecimento do transporte de mercadorias e de passageiros. E que dificilmente o comerciante não repassará isso para o consumidor, tornando mais lenta a recuperação da economia.

Burti conclui dizendo que a intensificação da queda dos juros ? e não novos aumentos tributários ? promoveria o estímulo ao consumo, e também a retomada da economia e da arrecadação tributária.

 

Portal e painel

No portal www.impostometro.com.br, é possível visualizar os valores arrecadados por período, estado, município e categoria (produção, circulação, renda, propriedade). O painel foi implantado em 2005 pela ACSP para conscientizar o cidadão sobre a alta carga tributária e incentivá-lo a cobrar os governos por serviços públicos de qualidade. Está localizado na sede da ACSP, na Rua Boa Vista, centro da capital paulista. Outros municípios se espelharam na iniciativa e instalaram painéis, como Florianópolis, Guarulhos, Manaus, Rio de Janeiro e Brasília.

 

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