Saúde

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulgou, nesta segunda-feira, dia 12, seu ranking anual de atendimentos. No topo do levantamento, referente ao ano de 2017, os questionamentos relacionados a planos de saúde ficaram em primeiro lugar, pelo sexto ano consecutivo, com 23,4% dos registros. Na sequência, vieram os produtos, com 17,8%, os serviços financeiros, com 16,7%, e as telecomunicações, com 15,8%.

Se não bastasse a crise econômica devastadora que vivemos com mais de 13 milhões de pessoas desempregadas, o Brasil enfrenta também uma crise muito séria de saneamento básico. Metade da população brasileira não tem esgoto coletado e 35 milhões sequer sabe o que é ter água tratada nas torneiras de suas casas. Do ponto de vista da saúde e do direito do ser humano aos serviços essenciais e básicos, é cruel.

"Infelizmente isso é Brasil. A gripe no Brasil acaba matando o cidadão duas vezes. Uma na hora que se contraí o vírus e outra no momento de pagar pelos medicamentos. O que era para ser um alívio para as pessoas, acaba sendo um martírio e um sofrimento. Tudo por causa de uma série de aproveitadores, que no auge da necessidade das pessoas aproveitam para assaltar a população, cobrando preços absurdos pelos medicamentos. Uma vacina que custava R$ 45 o ano passado, hoje custa R$ 215. Isso é uma barbaridade. O PROCON diz estar notificando hospitais e laboratórios do estado a prestarem esclarecimentos quanto ao aumento dos preços na imunização contra o vírus. Seria essa atitude suficiente? Não seria caso de polícia? Temos que acabar de vez com práticas dessa natureza. Temos de expurgar os empresários carniceiros e desonestos. Mas para isso precisamos de um governo forte o bastante, que não permita que a população seja constantemente aviltada em seus direitos, desabafa Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

Com a corrida por vacinas contra a gripe H1N1 em algumas regiões do país, instituições de saúde teriam até dobrado o preço do valor da vacina nos últimos dias. Após receber várias reclamações, o Procon-SP está notificando desde a última quinta-feira, hospitais e laboratórios do estado a prestarem esclarecimentos quanto ao aumento dos preços na imunização contra o vírus.

"Se já não fosse o suficiente a quantidade de brasileiros que saem cedo de casa a procura de uma vaga de emprego e com isso perde horas a fio se deslocando de um lado para outro, sem conseguir sequer alguma chance de trabalho. Temos também um desperdício enorme entre trabalhadores que gastam infinitas horas se deslocando entre o trabalho e sua casa. A Firjan divulgou uma pesquisa feita em 2012 que revela que no Brasil mais de 17 milhões de trabalhadores gastam em média quase duas horas por dia para se deslocar de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Em Estados como São Paulo e Rio de Janeiro, essa média salta para mais de três horas todos os dias. É desumana e desnecessária tamanha perda de tempo em deslocamentos. Isso tudo tem um custo enorme para o país. O prejuízo calculado com a chamada produtividade prejudicada ultrapassa a casa dos 111 bilhões de reais por ano só com o que deixa de ser produzido quando as pessoas gastam mais de 30 minutos para chegar ou voltar de seus respectivos empregos. É realmente um absurdo. Precisamos criar oportunidades de emprego nas proximidades onde as pessoas moram, para evitarmos longos e desnecessários deslocamentos, pois acabaremos poupando tempo e dinheiro, diz Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

Nem São Paulo ou Rio de Janeiro. Japeri (RJ), a cidade cujos habitantes mais perdem tempo no percurso para ir e voltar do trabalho, tem apenas 100 mil habitantes e 8,3 mil veículos – uma frota mais de 600 vezes menor do que a que preenche todos os dias as ruas da capital paulista.

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