Dirigente do SINCAB participa de Intercâmbio no Japão para troca de conhecimento e práticas sindicais e trabalhistas
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Marcha contra as reformas da Previdência e Trabalhista levou o SINCAB e milhares de trabalhadores a Esplanada dos Ministérios em Brasília; Polícia Mil...
Mesmo sob controle e em queda os juros reais no Brasil precisam de monitoramento constante. Caímos dos 14,25% ao ano em julho de 2015, para os atuais 9,25% em julho de 2017. É realmente uma queda significante, mas que ainda não dá para comemorar, pois o Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial de juros reais, perdendo somente para a Rússia e a Turquia.
Lucratividade em baixa, orçamento apertado e estruturas inchadas, empresas estatais tentam se reestruturar mandando milhares de funcionários para casa através de PDVs e PAEs, economizando bilhões de reais nos próximos anos. Segundo o Ministério do Planejamento, mais de 50 mil funcionários foram dispensados nos últimos anos com programas de demissão voluntária e aposentadoria incentivada. A estratégia é cortar custos e ganhar eficiência, já que algumas dessas empresas continuam com seus planos em aberto, como é o caso da Dataprev e Eletrobrás.
Ainda não há motivo para comemoração, tendo em vista que a ocupação cresceu pelo lado da informalidade. O que existe, é que tem muita gente trabalhando sem carteira assinada e por conta própria, sem nenhuma garantia trabalhista. Somos ainda 13,5 milhões de desempregados. 2017 tem sido um ano de pequenas melhorias na economia, Mas, olhando o passado, vemos que há muito que caminhar para recompor o que foi perdido desde que a crise se instalou no país.
Que país é esse? O cidadão comum se deve para a Receita Federal, tem que correr para fazer o pagamento da dívida e pagar juros e correção monetária, sem nenhum desconto ou regalia. Já para os nobres parlamentares e suas empresas que devem milhões a União, existem regalias extraordinárias. A maior delas é que são eles mesmos quem modificam e aprovam as leis, como é o caso do Refis, se beneficiando das armações para diminuir as dívidas de suas empresas e de seus cupinchas. Ou seja, legislam em causa própria e, de sobra, embolsam bilhões do contribuinte.
O alto número de endividados e inadimplentes tem como causa principal a forte recessão econômica que o Brasil vem enfrentando, com deterioração do mercado de trabalho, perda de renda e juros cada vez mais caros. Cartão de crédito, crédito pessoal e cheque especial ocupam o topo do pódio da inadimplência.
Não vai ter jeito e o governo terá que aumentar o rombo nas contas em 20 bilhões de reais para atingir a meta fiscal para 2017. O ministro da fazenda, Henrique Meirelles, reviu as contas e chegou à conclusão de que os 139 bilhões de reais não é suficiente para esse ano. Portanto, resolveu que não ultrapassará o limite de 2016 que foi de 159,5 bilhões de reais. Algo em torno de 2,54% do PIB.