Aumento da inadimplência e inflação pressionada são os principais motivos para a elevação dos juros no mês de julho, segundo a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Juros de 293,79% ao ano no cheque especial, o equivalente a taxas mensais de 12,10% ao mês.

Não muito diferente e estratosfericamente falando, os juros médios cobrados no cartão de crédito rotativo, mantiveram em julho 447,44% ao ano ou 15,22% ao mês, após sucessivos aumentos. "Isso é uma vergonha nacional! Conviver com essas taxas de juros significa acabar com a economia brasileira, banir o consumo, frear a produção industrial, fechar as portas do comércio e aumentar os índices de desemprego no país, que já beira 12 milhões de desempregados", ressalta Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

Os juros médios cobrados no cheque especial atingiram em julho 293,79% ao ano, o maior nível desde março de 1999, de acordo com levantamento da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) divulgado nesta segunda-feira (8).

Isso equivale a taxas mensais de 12,10%, leve aumento em relação ao juro mensal médio de 11,92% registrado em junho (286,27% ao ano).

Já os juros médios cobrados no rotativo do cartão de crédito se mantiveram estáveis em julho em 447,44% ao ano (15,22% ao mês), após sucessivas altas.

As taxas de juros médias para pessoa física subiram para 8,09% em julho, o maior patamar desde setembro de 2003.

O aumento da inadimplência e a inflação pressionada são os principais motivos que provocaram a elevação dos juros em julho, afirma Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor da Anefac.

Segundo ele, a expectativa é que as taxas de juros voltem a aumentar nos próximos meses. "Entretanto sempre existe a expectativa de que o Banco Central possa vir a reduzir a taxa básica de juros (Selic) nos próximos meses, e esse fato pode igualmente contribuir para a redução das taxas de juros das operações de crédito", diz, em nota.

Das seis linhas de crédito pesquisadas pela Anefac, três tiveram aumentos nos juros em julho. As taxas de cartão de crédito ficaram estáveis e as de juros no comércio e empréstimos pessoais concedidos por bancos caíram.

 

PESSOA JURÍDICA

Os juros médios cobrados de empresas registraram alta em julho, passando para 4,72% ao mês (ou 73,92% ao ano).

As três linhas de crédito analisadas tiveram juros maiores.

No capital de giro, os juros subiram de 2,70% ao mês em junho para 2,73% em julho.

Já a taxa de desconto de duplicatas avançou para 3,19% ao mês. A conta garantida passou de 8,05% ao mês em junho para 8,23% ao mês em julho.

 

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