"E continua a saga do desemprego. As filas atrás de emprego são de dobrar quarteirões inteiros e cada vez mais aumentando em todas as cidades do Brasil. Milhares de pessoas disputam fervorosamente onde quer que apareça uma vaga de trabalho. São trabalhadores e trabalhadoras obstinados em conseguir uma nova chance de emprego. Eles fazem parte de um contingente que já soma quase 12 milhões de desempregados em todo o país. Somente no mês de maio deste ano, 72.615 pessoas perderam seus empregos, e aumentando cada vez mais. Mas esse é o país das contradições. Enquanto falta atendimento médico, educação de qualidade, transporte, habitação e emprego para a população, sobram dinheiro para construção de arenas de futebol e olimpíadas do Rio de Janeiro. Pra quê? Se o que realmente precisamos é de melhorarmos as condições de vida de nosso povo, oferecendo condições de sobrevivência através do trabalho, ressalta Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

Em maio, 72.615 vagas de empregos formais foram fechadas em todo o país, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados no último dia 24 pelo Ministério do Trabalho.

O resultado mantém a tendência de mais demissões que contratações no mercado de trabalho. No acumulado de janeiro a maio, 448.011 postos de trabalho já foram fechados este ano.

O resultado para o mês, no entanto, foi melhor que o do ano passado, quando 115.559 vagas foram fechadas em maio.

Nos últimos doze meses, o país perdeu 1.781.906 empregos com carteira de trabalho assinada, o que corresponde a uma retração de 4,34% do contingente trabalhadores formais.

Com o resultado, o Brasil tem atualmente 39.244.949 trabalhadores com carteira de trabalho assinada.

 

Setores

O setor de serviços registrou a maior queda de vagas formais em maio de 2016, com fechamento de 36.960 postos de trabalho. O comércio diminuiu o ritmo de perdas, com a redução de 28.885 vagas em maio ante 30.507 postos fechados em abril. A indústria de transformação fechou 21.162 vagas contra 60.989 em abril.

Seguindo a tendência verificada em abril, a agricultura foi o setor que mais criou empregos no país em maio, com 43.117 novos postos de trabalho. No mês anterior, foram 8.051 novas vagas. O crescimento, segundo o Ministério do Trabalho, se deve à sazonalidade ligada ao cultivo do café, principalmente nos estados de Minas Gerais, responsável por 20.308 postos, e São Paulo, com saldo positivo de 4.273 vagas. De acordo com o relatório, a administração pública também apresentou saldo positivo, com geração de 1.391 postos em maio.

O emprego formal apresentou resultado positivo em Minas Gerais (9.304), no Espírito Santo (1.226), em Mato Grosso do Sul (562), Goiás (153) e no Acre (147). Nos demais estados houve perda de postos de trabalho. No Rio Grande do Sul foi registrada a maior queda (-15.829), influenciado pelo fator sazonal da agricultura (-3.723 postos a menos no setor).

Divulgado desde 1992, o Caged registra as contratações e as demissões em empregos com carteira assinada com base em declarações enviadas pelos empregadores ao Ministério do Trabalho.

 

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