"A maior locomotiva do país, a indústria paulista, fechou o mês de maio com saldo negativo de empregos. Foram perdidas 7,5 mil vagas de emprego, segundo boletim divulgado pela Fiesp, nesta sexta-feira (17). Os setores mais afetados foram os de confecção de vestuário e automotivo. A indústria paulista projeta ainda para esse ano a eliminação de mais 165 mil postos de trabalho. No ano passado foram fechadas 235.500 vagas. O pior dos mundos, é que não se tem notícias de quando o mercado irá reagir. O índice de confiança do empresariado tem ensaiado uma melhora, mas até isto virar uma realidade em investimentos e contratações, vai demorar algum tempo. Até lá vamos continuar trabalhando para que esse gigante acorde e volte a gerar empregos. É preciso fazer a nossa parte e cobrar mais agilidade dos governantes, comenta Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

A indústria de São Paulo fechou 7.500 vagas de emprego no mês de maio, o que representa um recuo de 0,33% em relação ao mês de abril, de acordo com o boletim divulgado pela Fiesp, nesta sexta-feira (17). No acumulado do ano até maio, foram registradas 41 mil demissões.

Os setores que mais registraram maior queda são o de Confecção de Artigos de Vestuário e Acessórios (-1.519 postos); Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-1.330 postos) e Produtos de Borracha e Material Plástico (-1.043 postos). Dos 22 setores pesquisados, 16 tiveram queda no índice de emprego.

Entre os setores que registraram aumento, estão em destaque o de Produtos Alimentícios (852 postos de trabalho), Produtos Diversos (243 postos) e Coque, Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (180 postos).

Segundo o boletim, a projeção para este ano é a eliminação de 165 mil vagas de trabalho, contra perda de 235.500 vagas em 2015.

O gerente do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp (Depecon), Guilherme Moreira, disse, em nota, que ainda não há nenhum sinal de uma retomada do emprego no Estado.

“O índice de confiança do empresariado tem melhorado, mas transformar isto em contratações leva um bom tempo ainda, porque o emprego é a última variável a reagir. Primeiro retoma a produção, o investimento, e por último será o emprego”, conclui.

 

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