Depois de ter causado um dos maiores desastres Socioambiental do país, após o rompimento de uma barragem de rejeitos de minério de ferro, na cidade de Mariana, em Minas Gerais, que deixou 19 mortos, centenas de desabrigados e poluiu o rio Doce, que deságua no mar do Espírito Santo, a mineradora Samarco lançou um Plano de Demissão Voluntária (PDV) com o objetivo de atingir 1.200 desligamentos( 923 aderiram).

A meta é de readequar seus quadros, demitir 40% e voltar a operar no futuro com apenas 60% dos funcionários. "Infelizmente quem acabou sofrendo duplamente foi à população. Além de perderem parentes e amigos, perderam também os empregos que foram junto com ao mar de lama que invadiu a cidade", revela Canindé Pegado, presidente do SINCAB.

A Samarco registrou a adesão de 923 empregados ao seu Plano de Demissão Voluntária (PDV), cujo período de inscrição terminou na última sexta-feira (29/7), abaixo da meta de 1.200 desligamentos, e irá avaliar na próxima semana as ações ainda necessárias para readequação do quadro de trabalhadores.

A mineradora explicou, em e-mail enviado à Reuters, que os empregados que forem incluídos no processo de demissão involuntário, até 30 de setembro, também terão direito a benefícios, além dos definidos pela CLT, segundo o acordado com os sindicatos Metabase (MG) e Sindimetal (ES), para minimizar impactos.

A empresa interrompeu sua atividade minerária em novembro do ano passado, após o rompimento de uma barragem de rejeitos de minério de ferro, na cidade de Mariana, em Minas Gerais, que deixou 19 mortos, centenas de desabrigados e poluiu o rio Doce, que deságua no mar do Espírito Santo.

A Samarco é uma joint venture da brasileira Vale e da anglo-australiana BHP Billiton . Desde o desastre socioambiental, considerado o pior da história do Brasil, a empresa concedeu licenças remuneradas, férias coletivas e dois períodos de suspensão temporária do contrato de trabalho (lay-off).

Entretanto, como prevê retornar às operações no futuro com apenas 60 por cento de sua capacidade, decidiu reduzir em 40 por cento o seu quadro próprio.

A empresa planejava voltar às atividades ainda neste ano, mas em junho declarou não ter mais essa expectativa, por falta de clareza sobre o tempo que será necessário para obter as licenças necessárias.

Do total de inscritos no PDV, 455 estão alocados no Espírito Santo, onde está localizada a atividade de pelotização, e 468 em Minas Gerais, onde ocorre a mineração.

Dentre os benefícios oferecidos, estão incentivos financeiros e extensão do plano de assistência médica supletiva (AMS) oferecida pela companhia.

"A Samarco lamenta a necessidade de realizar a adequação no seu quadro de empregados. Mas reitera que tem feito todo o possível para minimizar os impactos do atual momento da empresa", afirmou a empresa em nota.

 

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