No começo do mês, rolou nos EUA a maior feira de eletrônicos do mundo, a Computer Electronics Show.

O grande destaque foram os "tablets" (como o iPad), assunto que satura os cadernos de informática há meses. Sem alarde, ali do lado, estavam aparelhinhos que discretamente querem revolucionar o futuro da TV. Estou falando de simpáticas caixinhas como o Boxee, o Roku e a nova geração do Apple TV.

A maioria das pessoas não ouviu falar delas por aqui. Mas o que elas querem não é pouco: substituir as redes de TV e as empresas de TV a cabo, partindo do princípio de que a internet vai ser a plataforma para a distribuição da programação. O cabo e o sinal que chega pela antena ficam para trás, diante das possibilidades da rede. E, para quem tem banda larga, a qualidade da imagem é praticamente a mesma.

Só que assistir TV pela internet ainda é chato. É preciso lidar com um monte de cabos e se levantar toda hora para mudar a programação. E dá trabalho ficar procurando o que assistir.

Esse é o desafio das caixinhas: trazer a internet para o centro da sala. Você fica no sofá, controle remoto na mão, e escolhe o que ver. Em vez de pagar mensalidade, assiste a um oceano de conteúdos gratuitos (como tudo do YouTube). E, para a programação "quente", como seriados e filmes, paga só pelo que consumir.

As redes de televisão dos EUA já sacaram a proposta e criaram o Hulu Plus, voltado a oferecer programas diretamente para as caixinhas. A Amazon e a Apple fizeram o mesmo.

A coisa é tão rápida que as próprias "caixinhas" estão ficando obsoletas. Os fabricantes das novas TVs já estão embutindo os recursos de fábrica (como o Google TV, tentativa de competir com elas).

Por ora, a boa e velha televisão vai muito bem, obrigado. Mas vem aí uma onda de inovação, puxada pela internet, que promete sacudir o barco.

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