Trabalho e Emprego

"Reforma da Previdência e mudança da CLT, são sem dúvida assuntos muito delicados para se mexer sem que os principais interessados sejam consultados. O governo tem pressa para tentar aprovar ainda este ano a reforma da Previdência e em seguida a trabalhista. Já tem até uma proposta para a Previdência pronta para ser enviada ao Congresso em 45 dias. A questão é que não será fácil discutir essas reformas em tempo recorde como está querendo o governo, pois será preciso muita conversa com as centrais sindicais, que não admitem atingir quem já está no mercado de trabalho. Além disso, o governo deverá enfrentar resistências no Congresso Nacional, tanto na Câmara como no Senado. Haverá uma batalha árdua com muita conversa no tratamento destas questões. Não vamos abrir mão das conquistas e não admitiremos retrocessos nos direitos dos trabalhadores, avisa Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

A reforma da Previdência deve ser aprovada até o final deste ano e passa a ter efeitos já em 2017, afirmou nesta quinta-feira (2) o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, acrescentando que o governo do presidente interino Michel Temer planeja ainda mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

"Faltam 66 dias para começar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e o Brasil já bateu novo recorde. Trata-se do desemprego nacional que atingiu no trimestre encerrado em abril, 11,4 milhões de trabalhadores segundo o IBGE. Esse já é o pior resultado da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Se pegarmos o mesmo trimestre de 2015 para base de comparação, significa que o número de desempregados este ano cresceu 42,1% em relação ao ano passado que foi de 8% e este ano está em 11,2%. O que fazer para mudar esse quadro? Chegamos à beira do abismo e ainda não conseguimos esboçar nenhuma reação para sair da crise. Chegou o momento de reagirmos e cobrar do governo medidas econômicas que efetivamente tragam de volta nossos empregos e nossa renda, reclama Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em abril de 2016, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça-feira (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Sabemos que o desemprego vem aumentando no Brasil inteiro. Assim como sabemos também que muitas empresas estão passando por dificuldades financeiras em função da crise econômica que se instalou no país. O que nos tem causado surpresa e preocupação é a mais nova modalidade de negociação das verbas rescisórias propostas pelo empresariado. Se já não bastasse o trabalhador perder o emprego e tentar sobreviver com o pouco que receber, agora as empresas estão fazendo crediário para pagamento dos direitos adquiridos dos trabalhadores através da CLT. O recebimento das verbas rescisórias é direito de todos os trabalhadores, e na sua omissão acarretará penalidades às empresas como as multas normativas da CLT. Isso é um absurdo! Não podemos permitir e temos que combater tais práticas que afrontam os direitos da classe trabalhadora brasileira, reclama Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

Além de perder o emprego como consequência da recessão econômica, há trabalhadores enfrentando dificuldades para receber as verbas rescisórias: as empresas estão propondo a divisão em dezenas de parcelas do valor devido pela demissão.

"Já não existe nenhuma novidade na aceleração do desemprego no setor automobilístico. Os principais fabricantes de veículos lançaram mão de várias medidas para reduzir a produção, com férias coletivas, dispensas temporárias e corte de jornada. Mas nada disso surtiu o efeito esperado para esvaziar os pátios, até porque os consumidores continuam arredios em adquirir bens de alto valor num momento de crise. Os estoques continuam altos e as vendas desabando freqüentemente. A indústria automobilística despencou sua capacidade produtiva de cinco milhões de veículos para uma meta de dois milhões para este ano. Com esse cenário já se espera para os próximos meses cortes de mais vagas no setor. O que fazer? Essa talvez seja a resposta que todos os setores da economia estão esperando, pois sabemos que a recuperação virá, mas está bem mais longe do que imaginávamos, pondera Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

Há mais de um ano, a média de estoques nas montadoras e concessionárias de veículos está próxima dos 50 dias de vendas, bem acima do volume considerado razoável pelas empresas, de 30 a 35 dias. As várias medidas adotadas pelas fabricantes para reduzir a produção, com férias coletivas, dispensas temporárias e corte de jornada, não surtiram o efeito esperado para esvaziar os pátios, até porque os consumidores continuam arredios em adquirir bens de alto valor num período de crise.

"Temos ainda que termos muita paciência para esperar uma reação do mercado no que diz respeito ao desemprego. Na avaliação de especialistas, a taxa de desemprego só deverá começar a cair no segundo semestre do ano que vem. Portanto lá se vão mais de 12 meses pela frente, quando a taxa deverá chegar ao pico de 13,9% em setembro de 2017. Será sem dúvida uma das mais altas da história do nosso país. O desemprego que atinge 11,1 milhões de pessoas subiu em todas as grandes regiões do país, na comparação com o mesmo período de 2015, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Continua). Precisamos de medidas urgentes que revitalizem nossa economia e crie novas oportunidades de trabalho, diz Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

Ainda que medidas do governo Temer possam evitar que a taxa de desemprego atinja 14% em 2016, conforme sugeriu o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, especialistas avaliam que, mesmo com um início da recuperação da economia este ano, o nível de desocupação só deve começar a cair no segundo semestre de 2017. A taxa - que chegou a 10,9% no primeiro trimestre e já é a maior observada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua - deve ultrapassar 12,0% em 2016 e pode chegar ao pico de 13,9% em 2017, de acordo com analistas consultados pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

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