Trabalho e Emprego

"Um efeito dominó, mostra que ninguém está livre do desemprego. Começa pelos menores salários e vai subindo até atingir os altos escalões. É, por exemplo, o que está acontecendo no atual momento nas grandes empresas, quando analistas, gerentes e presidentes estão sendo demitidos e alguns tendo seus salários diminuídos gradativamente. No ano passado 20% desses profissionais perderam seus empregos e engrossaram o contingente dos quase 10 milhões de desempregados no Brasil. Tempos de crise ninguém escapa, diz Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

Se as estatísticas gerais de desemprego no Brasil estão hoje em cerca de 9%, a situação parece ainda mais difícil para os profissionais que atuam em cargos de média e de alta gestão. Levantamento da consultoria de recursos humanos britânica Hays, em parceria com a ESPM, aponta que 20% dos analistas, gerentes e presidentes de empresas instaladas no País chegaram ao fim de 2015 desempregados. O dado é o mais alto da série histórica, iniciada há cinco anos, e mostrou que o total de profissionais sem vagas nos mais altos níveis hierárquicos mais do que dobrou em um ano.

"Motivos sobram ao consumidor para ficar retraído diante de um quadro econômico imprevisível. O desemprego tem cada vez mais assustado as pessoas e se mostrado como a principal causa da inadimplência entre os brasileiros. Uma pesquisa recente realizada pelo SCPC com 1.019 consumidores mostra um quadro desolador onde 41% deles não conseguiram pagar em dia suas contas em conseqüência do desemprego. Mas, o pior é que a mesma pesquisa mostra que outros 74% dos entrevistados não pretendem fazer novas compras nos próximos meses, sem que consigam quitar primeiro as dívidas que causaram a restrição. É uma situação difícil para os trabalhadores brasileiros e suas famílias, que acabam perdendo duplamente: Sem emprego e sem crédito na praça, lamenta Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

O desemprego disparou como principal causa da inadimplência dos brasileiros, segundo a pesquisa nacional Perfil do Consumidor Inadimplente, realizada pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), referente ao 1º trimestre de 2016. De acordo com o levantamento, 41% dos entrevistados não conseguiram pagar as contas em dia em conseqüência do desemprego.

"A crise do desemprego no Brasil está afetando em cheio os profissionais com maior escolaridade. Com menos empregos na praça, profissionais com mais instrução acabam aceitando salários menores e funções menos qualificadas para conseguir uma vaga e se manter empregado. É, sem dúvida, um efeito devastador que provoca um desalinhamento no mercado de trabalho. O que existe hoje nada mais é que uma sublocação da força de trabalho em função de uma crise econômica sem precedentes, que desloca a qualificação e provoca perda de renda ao trabalhador, exemplifica Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

Os trabalhadores com ensino médio completo ou escolaridade superior tiveram em 2015 perdas salariais proporcionalmente maiores do que as pessoas com menos anos de estudo, nas seis maiores regiões metropolitanas.

"Quem diria! Depois de chegar a ser uma das maiores empresas exploradoras de petróleo e gás do mundo, a Petrobrás hoje busca alternativas para poder sucumbir à crise em que se meteu. Bilhões de reais foram sugados de seus cofres para realização de negócios escusos, como compra de refinaria com valor superfaturado entre outros, além de se dizer que outros bilhões acabaram nas mãos de diretores e pessoas inescrupulosas, que se apoderaram dos recursos da empresa para favorecimento pessoal ou de partidos políticos. A conseqüência dessa engenharia danosa e extremamente cara, é que agora só restou para a empresa passar a conta para os funcionários, demitindo 43% de seu quadro gerencial. Ou seja, 2.279 trabalhadores na rua para se somar aos mais de nove milhões de desempregados que o país tem hoje, observa Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

A Petrobrás fará uma profunda revisão do modelo de governança. Ontem, após reunião do conselho de administração, a companhia informou que vai reduzir em 43% os 5.300 cargos de gerência, o que significa uma redução de 2.279 vagas. A Petrobrás quer economizar R$ 1,8 bilhão por ano, o que inclui custos diretos e também o de estruturas e do pessoal auxiliar.

"O Brasil continua batendo recorde de desemprego mês a mês. Agora já são 9,6 milhões de trabalhadores sem carteira assinada. A tristeza está tomando conta das ruas e da população, que se sente acuada e sem perspectivas, nem mesmo de longo prazo. Desde o primeiro trimestre de 2012 não se tinha uma taxa tão elevada de pessoas sem trabalho. Na outra ponta cresceu o número de trabalhadores por conta própria em 2,8%, o que significa aumento da economia informal, onde não se gera emprego e também não se arrecada impostos, diz Canindé Pegado, presidente do SINCAB".

A taxa de desemprego de 9,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2016 é a mais alta da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada no primeiro trimestre de 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O País registrou no mês um número recorde de desempregados medido pela mesma pesquisa: 9,623 milhões de pessoas.

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