Se as estatísticas gerais de desemprego no Brasil estão hoje em cerca de 9%, a situação parece ainda mais difícil para os profissionais que atuam em cargos de média e de alta gestão. Levantamento da consultoria de recursos humanos britânica Hays, em parceria com a ESPM, aponta que 20% dos analistas, gerentes e presidentes de empresas instaladas no País chegaram ao fim de 2015 desempregados. O dado é o mais alto da série histórica, iniciada há cinco anos, e mostrou que o total de profissionais sem vagas nos mais altos níveis hierárquicos mais do que dobrou em um ano.
O desemprego disparou como principal causa da inadimplência dos brasileiros, segundo a pesquisa nacional Perfil do Consumidor Inadimplente, realizada pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), referente ao 1º trimestre de 2016. De acordo com o levantamento, 41% dos entrevistados não conseguiram pagar as contas em dia em conseqüência do desemprego.
Os trabalhadores com ensino médio completo ou escolaridade superior tiveram em 2015 perdas salariais proporcionalmente maiores do que as pessoas com menos anos de estudo, nas seis maiores regiões metropolitanas.
A Petrobrás fará uma profunda revisão do modelo de governança. Ontem, após reunião do conselho de administração, a companhia informou que vai reduzir em 43% os 5.300 cargos de gerência, o que significa uma redução de 2.279 vagas. A Petrobrás quer economizar R$ 1,8 bilhão por ano, o que inclui custos diretos e também o de estruturas e do pessoal auxiliar.
A taxa de desemprego de 9,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2016 é a mais alta da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada no primeiro trimestre de 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O País registrou no mês um número recorde de desempregados medido pela mesma pesquisa: 9,623 milhões de pessoas.